sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fundo

Não conheces o melhor de mim.
O melhor de mim está submerso
por camadas de cimento, oculto,
ganhando fôlego, sendo feito. Aqui,
é só uma fatia de bolo, gota, nesga
a nutrir-se, a exercitar a sensibilidade.
Muito falta, mas sei que o ensino
do espírito, simples, nunca foi,
e que por fim, talvez, que nem tu,
eu pereça e morra não conhecendo
o melhor de mim - de tão fundo que sou.

Por hora, é tudo o que à tona posso
trazer: o que te dou é o melhor de mim.

Por Jorge Fróes

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